
Histórias Marginais, e também histórias de marginais, os relatos, quase sempre curtos, que compõem esta obra têm os ingredientes a que Luis Sepúlveda habituou os seus leitores desde “O Velho Que Lia Romances de Amor”
As Rosas de Atacama
Vi a obra de muitos pintores e-desculpem-desconheço até agora o estremeção emocional que-para além de O Grito de Munch-uma pintura pode causar.
Estive também diante de inúmeras esculturas e só nas de Agustín Ibarrola encontrei a paixão e a ternura expressas numa linguagem que as palavras nunca atingirão. Suponho que terei lido uns mil livros, mas nunca um texto me pareceu tão duro, tão enigmático, tão belo e ao mesmo tempo tão dilacerante como aquele, escrito sobre uma pedra.
“Eu estive aqui e ninguém contará a minha história”, escreveu alguém (quando?, uma mulher?, um homem?), pensando na sua saga pessoal única e irrepetível, ou talvez em nome de todos aqueles que não aparecem nos noticiários, que não têm biografias, mas apenas uma esquecediça passagem pelas ruas da vida...
...
._______________boas leituras
Betty Branco Martins